
Saúde de paz a você eleitor(a)!!
Estamos acompanhando entrevistas de autoridades políticas de nosso país, e, podemos perceber a carência de cientificidade política, sobre a essência da democracia, com um mínimo de idéias objetivas, capazes de oportunamente solucionarem a efetiva e derradeira evolução das normas programáticas, em defesa da liberdade do povo, e sua tão difícil evolução política dentro do nosso Estado Democrático de Deito Brasileiro.
Temos ciência de que Aristóteles (Séc. IV a.C.), exortou o perigo de degeneração de todos os sistemas de governo, a qual ocorre por faltar análise sobre a natureza política dos atos dos governantes, que no lugar de promoverem o interesse público do povo, instituem privilégios e regalias de interesse próprio, e, de seus partidários políticos.
Aristóteles foi o maior dos maiores filósofos gregos. Certamente sua inteligência inominável, originou-se de uma educação aprimorada, proporcionada por homens virtuosos, que surgiram nos tempos da Grécia Antiga. Para ele os governos oligárquicos se degeneram em aristocracia, os monárquicos em tiranias, e, a democracia se transforma em profunda demagogia. Não há como negar que sua teoria é uma pura e eloqüente ciência da verdade.
Dois mil anos depois de Aristóteles, o grande poeta e inspirador da Revolução Francesa, Jean Jaques Rousseau ratificou estas máximas idéias, renovando sabiamente as doutrinas clássicas, bem como, expandindo o conceito degenerativo de democracia, pois, foi além da demagogia, para asseverar que ela pode se transformar, também, numa ociocracia.
Em face destas teorias, podemos concluir que, a partir do Séc. XVIII, a aristocracia medieval se degenerou, numa oligarquia governamental coorporativista, que de igual modo às monarquias absolutistas, defendem os mesmos privilégios, instituindo regalias para os agentes do poder, diga-se, até mais absurdas, que na época da nobreza feudal, ou qualquer outra época da história da humanidade, haja vista, a evolução tecnológica da sociedade.
Enquanto as sociedades humanas lutaram para extinguir privilégios e absolutismos de dinastias vitalícias, hoje, permitimos um grande retrocesso nestas conquistas, que são adredemente ignoradas, com a institucionalização das dinastias das famílias de políticos, quando a democracia não está submetida aos políticos profissionais, que se reelegem nos sufrágios universais, praticando pura demagogia, perfeitamente identificada na falta de compromisso com os direitos básicos, de promoverem as mesmas oportunidades ao povo, propiciando-o as melhores condições de vida.
Não há qualquer dificuldade em percebermos que tais degenerações emergem dos abusos dos governantes no poder, sobretudo, quando se perpetuam nas funções públicas. Quanto mais se firmam no poder, maior é a degeneração produzida. Os agentes do Estado pensam que são autoridades sobre os direitos do povo, quando, na verdade, têm o dever de protege-los, vivendo em mesmo nível do povo. Mas, os governantes acreditam que o povo deve se submeter às vontades do poder, que age em total subversão às leis, usurpando os bens do povo, cujo poder é soberano do povo, e, ao qual o agente público está vinculado, para servir o povo, proporcionando todos os benefícios que devem ser produzidos pelo Estado.
A degeneração é explícita quando o governo se faz "um senhor tirano", tirando dos cidadãos a riqueza de suas forças de trabalho, através de uma alta tributação dos impostos, sem conceder qualquer contra-partida, e, ainda, impõem obrigações iníquas.
Neste contexto, os agentes públicos ignoram suas atribuições públicas, desprezando leis e regras de direito administrativo, quando devem ser minuciosamente aplicadas, na defesa absoluta do dever de atender a vontade do povo, e suas necessidades ilimitadas de viver dignamente em sociedade, nas quais não se incluem as regalias ou privilégios para os agentes dos poderes, concedidos abusiva e exclusivamente aos servidores públicos.
Todo e qualquer tipo de privilégio, foi banido das funções estatais. Somente no Brasil, assistimos tanto absurdo, que ofendem, ou melhor, causam inveja àquelas regalias da Idade Média, ou, dos tempos sombrios da falta de respeito e consideração à dignidade humana.
Não é raro assistirmos atos tiranos, déspotas e usurpadores dos agentes dos poderes. Isto vem ocorrendo com tanta freqüência, que salta os olhos, fazendo parecer que o povo é ignorante para não reconhecer tais abusos, como o uso da máquina administrativa, em benefício pessoal, ou, de uma classe partidária, inclusive no Poder Judiciário, os quais agem contra a cidadania, a soberania popular, o pluralismo político, a livre iniciativa, e a dignidade da pessoa humana, impondo ordens ilícitas, e um "diploma de pancrácio" a todos aceitarem as corrupções do governo, segundo leis que beneficiem o poder, para atuarem à margem, e acima do bem comum e público, o que não pode, nem merece prosperar, face ao mínimo de evolução socio-política do nosso povo brasileiro.
Ora, será que temos de aceitar passivamente que "as lei sejam apenas para o inglês ver"? Será que é impossível, para nossa sociedade, promover o fim desta prática viciada, em nosso meio, sabendo-se que há uma verdadeira grandeza tecnológica e cibernética para o nosso progresso político, social e econômico? Para que servem uma infinidade de leis, se os agentes do poder, são os que nada cumprem? Como promover um governo probo e moral com a coisa pública, sem o efetivo progresso do povo? Não será melhor educarmos o povo, para uma evolução igualitária, que ponha fim derradeiro à miséria e à violência?
É com este espírito que venho lutando veementemente contra os desmandos dos poderes, nos três níveis da federação. Candidatei-me legal e legitimamente a prefeito de minha cidade natal, porém, não pude exercer meus dignos direitos humanos de cidadania, porque, os problemas de nosso país, não são exclusivamente produzidos pelos Poderes Executivos e Legislativos, mas, são ocasionados principalmente porque o Poder Judiciário não cumpre minimamente suas atribuições de aplicação escorreita do ordenamento jurídico brasileiro, sobretudo, na esfera eleitoral, a atividade pública mais importante na instituição dos poderes republicanos. Por faltar Ciência Política, os Tribunais Eleitorais vêm causando imensos prejuízos e desconfortos ao povo, sobretudo, para os intelectuais, que deixam de participar das eleições, porque não podem confiar nos julgados judiciais, por extinguirem direitos de cidadania dos brasileiros, que lutam sequiosos pela justiça social.
Neste contexto, como no Estado brasileiro não há Justiça, não há a mínima liberdade, e, por conseqüência, não há como promover uma plena e verdadeira democracia, acima de tudo, por não haver o respeito e a consideração com a dignidade da justiça. Alguns magistrados, além de incompetentes, negligentes e imperitos, ainda, corrompem e cometem crimes contra a administração da Justiça, perseguindo os cidadãos que lutam contra os abusos dos poderes, vez que, para os maus doutores da lei, a formação moral e ética só existe no "mundo das idéias", e não devem ser aplicadas no seio da sociedade.
E mais: quanto mais os cidadãos cônscios usam a lei para impugnar estas ferrenhas perseguições, que chegam a criminalizar a livre manifestação no exercício regular de direito, os maus magistrados, agindo com absoluta falta de impessoalidade, levam para o lado pessoal, argumentações fundadas na lei, contra as quais praticam a coação e o constrangimento ilegal, usando a covardia do abuso de poder, inclusive condenando-os os revolucionários, absoluta e arbitrariamente.
Por isto, convivemos com mais privilégios perniciosos que em qualquer época da história. E os poderosos não sabem, ou, dissimulam saber, que estes cidadãos não desistem de seus propósitos de lutarem pelos direitos humanos, e, muitos, morrem por eles, porque têm por princípio, que é melhor não viver, do que viver, num mundo iníquo, onde agentes investidos nas funções públicas, ganhando altos salários, e, fazendo fortuna, em detrimento de nossos impostos, produzem o mal social, no lugar do bem, e, provocam, por isto, a indagação: como condenar as pessoas ignorantes, que não têm qualquer educação formal, se os maus doutores da Ciência do Direito, supostamente instruídos sobre o direito e a Justiça, ignoram adredemente os postulados mais importantes da vida em sociedade?
A história ensina que alguns homens não se corrompem ao mal, porque não toleram se entregar ao submundo dos vícios, que fazem ruir ainda mais o estado depressivo. Estes homens, como grandes pensadores, buscam a via da luta contra a opressão do poder, para verem os direitos de cidadania, e de soberania popular, vencerem os mandos e desmandos dos poderes arbitrários e ilimitados do poder de governo.
Assim, como um simples cidadão, venho estudando e reescrevendo o que precisa ser lembrado, com a finalidade de contribuir na diminuição dos grandes problemas do futuro sombrio que nos espera, e, que é fato, sobre as denúncias de que não é a imposição das leis do ser humano que o faz respeitar o próximo (a sociedade), mas, sim, uma educação para não querer para o próximo, aquilo que ninguém quer para si mesmo.
Estando, destarte, convicto de que as leis não são capazes de impor limites à liberalidade humana, não há qualquer propósito racional, em instituir um poder somente para legislar em causa própria, principalmente no Brasil, que tem uma infinidade de leis, e, são mais que suficientes para se organizar nossa sociedade. Basta respeitar e aplicar as que existem, e a Constituição.
Ademais, nossa Constituição prevê que todo poder emana de nós (povo), e, nós podemos exerce-lo diretamente, com nossa própria direção (povo), numa fervorosa luta contra os poderes degenerados, e, com efeito, o tempo urge, para renovarmos, evoluirmos e instituirmos a democracia direta, suficientemente regulada pelo que já existe, e, assim, promoveremos nossas necessidades humanas.
MARCOS AURÉLIO PASCHOALIN